quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ANAGRAMA

................................ROMA OMAR MORA AMOR
.................................
ROAM OMRA MOAR AMRO
.................................RAMO ORAM MARO
ARMO
.................................RAOM fORMA MAOR
AROMa
.................................RMAO OARM MRAO AORM
.................................
RMOA OAMR MROA AOMR

Onde mora o mar?
........Onde o amor vai dar?
........................Que aroma tem o amar?
.............................Qual é a forma de se entregar?
..................................................
.............................Eu me rendo, ou me armo?
.......................................Eu me amo ou me mato?
.....................Qual o rumo?
.......................Qual o ramo que você vai pegar?

Não há norma.
Não há forma de se salvar.
Para onde você vai?

Quem tem boca vai à Roma.
Quem tem grana, vai também!
Quem tem narina sente o aroma
Quem tem olhos possui o mar.
E quem tem ouvido escuta
o mudo som do céu tocando
as águas a rolar.

E quem tem boca vai a Roma.
...........................................Blá, blá, blá.
Já dizia o maldito dito popular.
(Que não me diz nada, afinal.)

E o que eu não havia dito
E o que eu havia dito sem sabe-lo
Ficou no silêncio do barulho
Das ondas quebrando
No mar.
(Só queria saber onde ele mora)

Contou-me, o vento
Que ele esta no olhar
Que ele esta.

Olhei para o vento invisível
E me matei de rir
E me matou de horror.
E me matou de qualquer forma
E me matou em forma de amor.

Onde se forma o mar?

E o amor?
Maldito.

Malditas e benditas querem se salvar.
As Marias oram por quem não sabe rezar.
Os anjos guiam quem não sabe onde quer chegar.
E se vai chegar
Vai chegar?

Vai chegar um tempo
Em que os anjos vão tropeçar
Na pedra no meio do caminho.
E agora, José?
As Marias oram por quem não sabe rezar.

Vou virar santo pra alguém me canonizar.
Já dizia um Zé ninguém
Esperando um milagre para livra-lo do mal.
Amém.


Quem tem boca vai a Roma,
quem tem grana também.

Quem tem amor vai muito mais além.

Já dizia eu, caminhando no sol
Cansada e cheia de sacolas cheias de nada
Cheia do mundo mudo e surdo
do barulho infernal.

De que forma irei a Roma, se minha boca não falar?
Se meus lábios beijam o amor e afogam-no no mar.
No Mar Morto até os sonhos vão boiar.
No mar, mortos de ressaca,
meus olhos vão mergulhar.
Eu me armo e estou pronta para me matar.

Uma overdose de viver.