................................ROMA OMAR MORA AMOR
.................................ROAM OMRA MOAR AMRO
.................................RAMO ORAM MARO ARMO
.................................RAOM fORMA MAOR AROMa
.................................RMAO OARM MRAO AORM
.................................RMOA OAMR MROA AOMR
Onde mora o mar?
........Onde o amor vai dar?
........................Que aroma tem o amar?
.............................Qual é a forma de se entregar?
..................................................
.............................Eu me rendo, ou me armo?
.......................................Eu me amo ou me mato?
.....................Qual o rumo?
.......................Qual o ramo que você vai pegar?
Não há norma.
Não há forma de se salvar.
Para onde você vai?
Quem tem boca vai à Roma.
Quem tem grana, vai também!
Quem tem narina sente o aroma
Quem tem olhos possui o mar.
E quem tem ouvido escuta
o mudo som do céu tocando
as águas a rolar.
E quem tem boca vai a Roma.
...........................................Blá, blá, blá.
Já dizia o maldito dito popular.
(Que não me diz nada, afinal.)
E o que eu não havia dito
E o que eu havia dito sem sabe-lo
Ficou no silêncio do barulho
Das ondas quebrando
No mar.
(Só queria saber onde ele mora)
Contou-me, o vento
Que ele esta no olhar
Que ele esta.
Olhei para o vento invisível
E me matei de rir
E me matou de horror.
E me matou de qualquer forma
E me matou em forma de amor.
Onde se forma o mar?
E o amor?
Maldito.
Malditas e benditas querem se salvar.
As Marias oram por quem não sabe rezar.
Os anjos guiam quem não sabe onde quer chegar.
E se vai chegar
Vai chegar?
Vai chegar um tempo
Em que os anjos vão tropeçar
Na pedra no meio do caminho.
E agora, José?
As Marias oram por quem não sabe rezar.
Vou virar santo pra alguém me canonizar.
Já dizia um Zé ninguém
Esperando um milagre para livra-lo do mal.
Amém.
Quem tem boca vai a Roma,
quem tem grana também.
Quem tem amor vai muito mais além.
Já dizia eu, caminhando no sol
Cansada e cheia de sacolas cheias de nada
Cheia do mundo mudo e surdo
do barulho infernal.
De que forma irei a Roma, se minha boca não falar?
Se meus lábios beijam o amor e afogam-no no mar.
No Mar Morto até os sonhos vão boiar.
No mar, mortos de ressaca,
meus olhos vão mergulhar.
Eu me armo e estou pronta para me matar.
Uma overdose de viver.