domingo, 26 de dezembro de 2010

Pseudometas para 2011


Pois bem, minha irmalma, Jozi (http://www.olugardascoresescritas.blogspot.com/), indicou-me (desafiou, melhor dizer) a alistar cinco ou mais metas para 2011. Pois mal, ein! Não costumo ser boa em fazer listas ou planos além mente. É que é assim: sou flor que gira. Mas no fundo adorei. Pô, Talitha! Tava na hora de organizar essa bagunça... Hoje mesmo falei pra minha mãe: Sabe mãe, não sei o que vou ser. E isso profissionalmente, emocionalmente, aparentemente, e muitos entes que não sei e que são tudo a mesma coisa nada. Para mim é muito difícil organizar, colocar as coisas no lugar, quando tudo parece uma coisa só. É que a vida sempre me foi uma seqüência de inconseqüências, muito obrigada. E, na verdade, faço muitos planos, mas tenho medo, pois o relógio gira muito depressa e sempre acabo me assustando com os ponteiros, com os planos que são sempre planos e planos - enquanto eu sou tão esférica (às vezes saio rolando). Meu dios, viu só... Já to enrolando! Ir direto ao ponto não é comigo. Além de que, tenho problemas sérios com os pontos, finais principalmente. Mas vou começar e vou ver no que dá... Sempre é assim: começo a escrever e simultaneamente descubro o que tem aqui dentro, ou o que não tem. Na verdade, irei me auto-escrever, pois este blog, por hora, é bem pessoal...é meio intimista, ou tímido. Ao menos por enquanto. Outra coisa: morro de curiosidade pra saber no que vai dar essa minha vida! O incerto é muito sedutor com seus olhos que olham pra todas as direções. 2011 é filho que esta por nascer: mistério e curiosidade (espero que tenha os olhos da mãe).

Metas para 2011 - Vou me desafiar com estes asteriscos que não me são simpáticos e com 2011 que não parece um número simpático (chega de classificar as coisas como simpáticas ou não simpáticas com critérios sonsos)

* Primeiramente: Como metas são quase necessidades, cito uma: preciso libertar minha arte. E isso me é sempre um nó na garganta e em todo corpo e alma. É o meu grito que precisa de voz. O tictac não espera... Está na hora de eu fazer algo por mim verdadeiramente. Exige-me coragem e entrega. Preciso de um empurrãozinho, de mãos para me orientarem ou que soltem as cordas que amarram as minhas... Sei disso, e não tenho vergonha. Que 2011 me seja uma descoberta doce e cheia de arte, puro atrevimento. Quero me pintar com a minha cor: vou descobri-la... Deve ser a mistura de várias outras. Deve ser.

* Amor! Quero amar muito e ser amada. Chega desse amor guardado, que coça!

* Permitir-me. Não gosto, mas sou moralista comigo mesma. E deixarei de ser, pro meu bem, amém!

* Minha pieguice: Não fazer do tempo meu senhor, e nem de projeções o tato, nem do amanhã o agora. Há tantos livros nas estantes... Há tanta gente pra eu plantar flor dentro e pra me plantar flor... Tanto ar em tantos lugares pra eu respirar... tanto pra eu escrever. E eu preciso. Que eu possa...

* Perdoar a dor e quem me dói, e o mundo que me arde nessa sensibilidade sem fim.

*Mostrar muito meus dentes, abrir muito meus olhos e coração e sacudir o esqueleto!

* Continuar de mãos dadas com a felicidade, com a poesia e com quem a tem na alma.

*Equilíbrio

* crescer, enfim.

Ficou meio sem sal. É o que tem pra hoje! Tem dias que é melhor sem tempero mesmo, nego!
Eu citei a essência, pois pode ser que o superficial mude... E tem todo o direito!
Temos todo o direito até mesmo de sermos errados, se formos verdadeiramente.
É que, às vezes, gosto tanto da vida com sua falta de razão...
Sei, não fui direto ao ponto nas minhas metas,

não tenho ordem,
Não adianta, sou assim e pronto
E ponto,
"Desisto" cheia de autodeboche!

Ps: Pseudodesculpas




quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ela era aurea que ofusca colorido

Olha, disse Laura, vou destruir as allfaces no almoço. Olhei e vi a carne viva em todos os rostos. Laura vomita constantemente. E a carne viva me dá fome. Ela, às vezes, toma um drink pra ficar legal, pra vomitar com outro gosto. Eu acho engraçado. Laura tem um olho de cada cor, e um olho de todas as cores. Tirou uma foto - e ela tinha cara de alface, toda verdinha e molhada. Gosta de ficar ao sol, fotossintetisando todas as faces que encontra na sua mente e no seu estômago. Certa vez, olhou-me demais. Não gostei. Outra, parecia que estava com o capeta no corpo e tinha uma cara que eu não sei dizer do que (eu nunca sei): ela era espanto e milagre. Depois, chamei-a pra tomar um chá feito ingleses. Mas era verão e tomamos uma cerveja mesmo. Nem gosto. Eu acho engraçado. Fiz isso só pra saber que quando parecia o capeta era por que tinha visto a face Dele. E ela me falou normalmente, como se tivesse dito: estou com fome ou eu sinto que vou explodirpoisnão cabe mais isso tudo aquidentro ou hoje você esta tão chato com essa camisa verde azeitona. Achei engraçado. Laura era toda esquisita e muito engraçadinha. Disse que nunca mais se olharia no espelho. Eu não entendi porque ela é tao bonita. Eu gosto dos seus dentes. Gosto também dos seus cílios. Mas me disse eu preciso e saiu correndo. Tem uns dias - principalmente quando chove - que penso que ela não sabe o nome daquilo que precisa. Deve ser triste. Eu acho meio triste. Laura disse que se morresse hoje, iria morrer triste. Entao eu arranquei-lhe os olhos. L Chorou de alegria. Escorriam lágrimas de sangue e um líquido escuro. Ela disse que o gosto era bom e que agora estava em paz. Abrace a árvore, Oswaldo! Eu não fiz isso porque dá vergonha. Vamos correr como os pássaros, Oswvvv? Ela gostava de ficar fazendo esse barulhinho vvvvvvvvv com os dentes raspando nos lábios. Quando ela passarava eu achava muito doce. Eu a olhava com meus olhos de Laura e eu era muito feliz. Mas ela foi correr como os peixes e o lago reflete reflete reflete etelfer. Ela não voltou nunca mais de lá. Às vezes, fico às margens do lago observando com meus olhos de Laura e vejo-me refletido com os olhos de Laura. Quando ela me visita sempre traz azeitonas em conserva, flores e livros velhos e um engovvvvvvvvvvvv. E ri muito. Meu Deus, como Laura sorri e eu choro alaranjado. Mas quando é mais pro vermelho eu tenho vontade de sair correndo e abraçar as árvores. Douradinhas, quase amarelas. Hoje, quando o silêncio era tão profundo que ouvia apenas o barulho das alfaces sendo trituradas por meus dentes, lembrei dela de um jeito diferente. Eu imaginei um dia frio. Nós tomavamos chá. Laura tinha a pontinha do nariz vermelha. Disse que estava com fome. E a única coisa que eu fiz foi mostrar a minha face. Você também é, Oswvv. Troquei as meias e fui ler. Eu acho muito engraçado. Oswaldo não sabe pontuar, nem conjugar direito os verbos e repete as palavras e perde a ordem – faço uma bagunça. Elaurea. Quase não pisco. Tomo um drink pra sentir o gosto. Sinto falta dos cílios.