Pontas dos teus tantos dedos tocando piano nos meus cílios
Contas das tuas tantas compras voando com as folhas no jardim
Prontas tuas tantas falas contando retratos para os teus filhos
Sentados sozinhos nos balanços dos meus braços moles
Meus fins brincando nos teus meios nos lados nos cantos dos teus lábios
Partidos
De vento e frio
Te sento no meu colo te sinto arrepio
E te derrubo
Nas minhas mãos
Sem palmas, tão calmas por não ver céu
Cem almas para se por o sol
Entre teus tantos dedos
Entre meus tantos olhos
Entre
Pois eu não posso ficar
Só,