Sinestesia, era sobre isso que falávamos.
Palavras, palavras, palavras...Verbos sem ações. E, agora, aprendi a amassar o processo das coisas, não há cronogramas pra seguir, não há, não há, não há tempo pra amar na hora certa. Dance errado, corra errado, sente errado, beije errado, responda errado, balance errado, voe errado.
Não pouse, arrependimento, nos meus ombros.
E deixe os sons voarem. Vejo
a melodia, em cores, penetrando nos ouvidos de outra pessoa. O cheiro desses sons levando, o gosto dessa respiração indo, o calor nos olhares dançando um passo novo e longe do que não é perto. Parte de mim veleja e eu mergulho. Parte, voe, vai-te. Eu já quebrei meu relógio e os ponteiros fincaram meus verbos e imagens de um futuro passado imperfeito imaginado. A vida é pássaro, é errado como tudo que é vivo e eu aceito. Agora. Só agora.
Eu só.
Os novos mares aceitam tuas novas asas, pois são os mesmos. Velhos, eternos. Escutarei as ondas quebrando no amanhecer, ondas de cor, ondas de som. Sempre as mesmas. Não as sensações. Pássaros, por mais que vão, e são, estarão sempre no céu. E nos encontramos. Pra onde olhará no entardecer...Hoje eu abri as janelas e sai. Desejei que teu acordar seja sempre amarelo
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