Essa é a história de uma cara com as mãos calejadas. Cavou a
vida toda, boca seca, sol a pino, unhas pretas, estômago nas costas, sem família
à mesa. Cavava sob sol, chuva, vendaval, granito. Era um dever, ele dizia. Tava
com o buraco pronto para seu corpo morto. Sobre sua cova, nasceu uma flor sozinha. Fim.
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