a avó a abraçava com seus 2.000 braços, passava café, vestia a mesa com a toalha xadrez azul e a olhava com seus dois olhos. apenas dois, e eles a amavam uma vida inteira enquanto suas mãos, entre as maçãs, bolachas e pães, se tocavam e se entendiam. diziam poucas e doces palavras, se sentiam como ninguém mais. e então ela me acena, sorrindo lágrimas, no portão. e todos os dias eu sinto, com os olhos fechados, o vento, que balança seus cabelos prateados enquanto ela abre as janelas pela manhã, no meu rosto.
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