EU COMI TODAS AQUELAS
PALAVRAS. TRITUREI-AS COMO UM TIGRE FAMINTO DILACERANDO UMA CARNE VERMELHA. O
SANGUE ESCORRIA DA MINHA BOCA CONTRA A GRAVIDADE INDO AO ENCONTRO DO AZUL QUE
ESCORRIA DOS MEUS OLHOS. E AI, EU AFUNDEI MEUS PÉS DESCALÇOS NAS POÇAS DAS MINHAS
BOCHECHAS. AFOGUEI-ME, DILUÍ-ME, TOMEI AQUELE LÍQUIDO, O QUAL PREENCHEU MEUS
PULMÕES. TOSSI A MORTE EM ALTO MAR. ARROTEI UMA POESIA, EM DECOMPOSIÇÃO,
DIGERINDO-SE A SI MESMA, COM A MESMA BOCA QUE DILACERARA MÚSCULOS E CORAÇÃO DE
UM BICHO QUE SE ESCONDIA NO MATO. AGORA, FICOU DENTRO DE MIM UM ANIMAL MORTO
COM FRASES ENTALADAS NA GOELA.
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