quarta-feira, 17 de julho de 2013

troféu de herança

carregava nos pulsos uma corrente de penas 
as correntes das máquinas
os pulsos dos relógios
as penas que eu sinto
de mim
do mundo
voando preso 
(e sem asas)
a um cerne de engrenagens enferrujadas
por oxigênios não respirados
- tensões necessárias
enjauladas em um peito
com pulmões colapsados
corações desarmados
em ações de homem civilizado
- o tiro esta no sorriso congelado
nas caras de cavalo
cavalgando no asfalto
quente de vapor
de esgoto
- e a comida no freezer.
satisfeitos em subir
subir
como esse gás
que fede e entope
os buracos criados
para preencher
as necessidades
de ser
mais do que realmente
é - o que corrompe.
- gases borbulham na mente
tais quais borboletas agitadas
e prontas
presas em um casulo que não se rompe.
mas não esqueça:
as lagartas estão soltas
e deixam seus rastros

mortais.



Nenhum comentário: